Por conta da pandemia do Coronavírus, diversas empresas adotaram o home office como uma medida de segurança para os seus funcionários. Mas, mesmo com a flexibilização da pandemia e o retorno de alguns profissionais aos escritórios, parece que o modelo remoto veio para ficar. Isso porque, segundo pesquisa realizada pela Korn Ferry, mostra que 85% das companhias adotaram totalmente o home office. O percentual foi obtido em pesquisa realizada junto a 170 empresas em novembro de 2021.
“Os números surpreenderam: 85% das empresas é um grupo significativo. E nas conversas com os setores de RHs, o modelo veio para ficar”, diz Fernando Guimarães, diretor da área de estratégias organizacionais e de talento da Korn Ferry para América do Sul, em entrevista para a InfoMoney.
Mas o modelo remoto ainda precisa de maturação, segundo Guimarães. “O que vemos é que a alta liderança não está pronta para adotar o modelo de vez. CEOs, presidentes de conselhos, entre outros cargos, ainda têm preocupações e querem cautela para definir como será a dinâmica daqui para frente. Eles querem ver como a empresa vai responder em resultados e negócios com o formato remoto durante mais tempo antes de tomar uma decisão final”.
Guimarães explica que no horizonte pós-pandemia, o modelo híbrido é o mais desejado. Segundo o mesmo estudo, 78% das empresas afirmam que todos os funcionários estarão sob o regime híbrido e/ou remoto numa fase mais branda da pandemia.
O diretor de prática de remuneração da Korn Ferry Brasil e Chile, Thiago Silva, afirma que o modelo híbrido faz mais sentido em cenários de incerteza, por conta da variação dos índices da pandemia. “Testes híbridos funcionam porque mantêm, mesmo que parcialmente, um contato presencial semanal”, conta.
“Flexibilizar o trabalho é importante, e é uma demanda de boa parte dos funcionários que experimentaram o modelo remoto ou híbrido. Mas ainda há insegurança jurídica, ajuste de benefícios, customização de contrato a depender da situação do funcionário, ou seja, muita coisa para resolver”, completa Silva.
Fonte: InfoMoney